As terras que hoje pertencem a Porto Real tiveram sua colonização iniciada no final do século XIX, em princípios de 1875, quando chegaram ao Brasil, a convite do Imperador Dom Pedro II, os primeiros imigrantes italianos, vindos das cidades de Novi di Modena e Concordia Sulla Secchia, província de Modena, na Itália.
Os fundadores da colônia se instalaram nas terras da mansão do Conde Wilson, que abrigava a Família Real nos períodos de veraneio, quando esta chegava de Petrópolis. Viajava de trem até o povoado de Floriano, depois subia de barco o Rio Paraíba do Sul até a mansão, onde desembarcava em um pequeno porto às margens do rio. Devido a existência deste pequeno porto e a presença do Imperador na região, surgiu o nome de Porto Real.Os italianos, de origem católica, trouxeram para o Brasil a imagem de Nossa Senhora das Dores (Madonna Adolarata), que se tornou a padroeira do município. Construíram uma praça no centro da colônia, ergueram uma igreja, em estilo gótico bizantino, onde se encontra exposta a imagem da santa.
A principal atividade econômica da época da colonização era a agricultura, tendo como principal produto a cana-de-açúcar. Para beneficiar a cana produzida, foi construída uma usina açucareira, que foi a primeira industria de Porto Real e ponto de partida para sua história industrial. Durante a entressafra, a mão-de-obra ficava ociosa, e foi para aproveitá-la que se instalou, na açucareira, uma fábrica de refrigerantes, hoje conhecida como Companhia Fluminense de Refrigerantes, uma das maiores fábricas de bebidas do Estado do Rio de Janeiro, detentora da concessão da empresa americana The Coca-Cola Company.
O município destaca-se na agricultura por ser o maior produtor de feijão e inhame de todo o estado, e pelo cultivo de rosas, com oito variedades. Também são cultivados em Porto Real a cana-de-açúcar (produção de aguardente), jiló, quiabo, abobrinha, abóbora, arroz, aipim, milho, pimentão, tomate, pepino, alface, e alho, Na pecuária destacam-se a criação de bovinos (para abate e produção de leite, principalmente o tipo A), suínos, eqüinos e aves.A colônia continuou crescendo, tornando-se o distrito mais importante do município de Resende. Surgiu então a necessidade de uma autonomia político-administrativa, que deu origem ao movimento pró-emancipação.
Em 5 de novembro de 1995, foi realizado um plebiscito histórico. A população foi às urnas e decidiu pela emancipação do município de Resende. Em 28 de dezembro do mesmo ano, o município foi criado por decreto assinado pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Nunes de Alencar.
Em 3 de outubro de 1996 foi realizada a primeira eleição, tendo como prefeito eleito Sérgio Bernardelli, como vice-prefeito Luiz Carlos de Souza Cardoso e nove vereadores, que tomaram posse em 1º de janeiro de 1997.
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